sábado, 19 de março de 2011

Um jantar no Restaurante D.O.C.

Há coisas para o qual vale a pena trabalhar
Este post não tem nada a ver com ganhar dinheiro, mas como alguns outros, mostra talvez algumas das experiências (jantares, vinhos, restaurantes) que estão ao nosso alcance se fizermos para isso.  Por vezes um pouco mais de esforço, trabalho e dedicação permitem-nos desfrutar de experiências de vida que não estão ao alcance de  98% das pessoas. Há muita coisa para o qual vale a pena trabalhar…



Sempre que possível eu evito escrever posts off-topic separados por apenas poucos dias, mas ontem estive no meu segundo jantar do G13, desta feita no Restaurante D.O.C., e não queria deixar de partilhar a experiência.
Como já tinha tido a oportunidade de explicar no post do jantar do mês passado, estes jantares do G13, ou Grupo dos 13, reúnem os proprietários dos 13 melhores restaurantes da zona centro de Portugal, e realizam-se uma vez por mês num destes restaurantes.  Para além de um restaurante diferente todos os meses, varia também o produtor de vinhos que “patrocina” o jantar.
Do Grupo dos 13 fazem parte os restaurantes O Cortiço, Muralha da Sé, Casa Arouquesa e Santa Luzia de Viseu.  O restaurante “Os Antónios” em Nelas, o Marquês de Marialva em Cantanhede, Eira da Bica de Oliveira de Frades,  Dolce Bella de Castro Daire, Três Pipos de Tondela, Colmeia e Aquarius da Guarda, A Taberna de Coimbra, e o anfitrião deste jantar, o D.O.C. de Armamar.

Restaurante D.O.C. – Degustar, Ousar e Comunicar
Para quem nunca teve o prazer de conhecer, o Restaurante D.O.C fica situado na belíssima encosta do Rio Douro, rio este que passa mesmo por baixo do restaurante e do seu deck em madeira.  O chefe do D.O.C é o conceituado Rui Paula, que pratica aquilo que se chama de cozinha de autor.  Eu diria mesmo nouvelle cuisine.
Como vão poder ver por algumas das fotos, os pratos primam pela apresentação cuidada, só suplantada pelo sabor da comida na boca.  Os empregados que nos servem dão também uma explicação detalhada sobre a forma como cada prato é confeccionado.  Mais do que uma refeição, no D.O.C disfruta-se de uma experiência sensorial.

O nosso jantar
O menu da noite começou com mini pastel de Chaves, Queijo Brie com compota de 3 pimentos, mini chamuça de alheira e Moura, e para beber,  espumante da Herdade do Perdigão.
Para entrada tivemos carpaccio  de polvo, que para mim fui uma surpresa absoluta, pois estava divinal, e eu nem sou apreciador de polvo.  Para primeiro prato comemos robalo com arroz selvagem.  Nesta altura estávamos a beber branco da Herdade de Perdigão, que eu não apreciei muito, mas que pessoas bastante mais conhecedoras do que eu disseram ser muito bom.
Em seguida passamos para o prato de carne, cachaço de porco bísaro, e bebíamos Pequeno Pintor Tinto de 2007 e Quinta do Monte Pintor Tinto 2007, tudo da Quinta do Monte do Pintor no Alentejo.   Eu não conhecia este produtor, mas gostei muito dos vinhos, incluindo o espumante, com excepção ao branco.
Para sobremesa comemos chamuça de queijo Chevre e gratinado de maça.  Nesta altura bebíamos o melhor vinho da noite, o Monte Pintor Reserva Tinto de 2007.
Como estávamos na zona do Douro, tivemos direito ainda a um Porto Reserva e um moscatel de 1992, reserva particular, e oferta de um dos anfitriões.

Não estando ao alcance de todos (dificilmente se sai de lá por menos de €100 para 2 pessoas), o Restaurante D.O.C. é um daqueles restaurantes que aconselho experimentarem, nem que seja pelo menos uma vez.  O passeio, a comida, e as vistas do interior envidraçado do restaurante justificam o preço.

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