O Terreiro do Paço reabriu com um conceito inovador: uma cozinha feita por vários chefs. Mariana Correia de Barros foi ver e ficou convencida com a mudança.
O Terreiro do Paço já foi um dos restaurantes mais emblemáticos da cidade. Um sítio sério, com boa pinta, para almoços e jantares de negócios, com gente engravatada a comer ou petiscar. Até que, há dois anos, a praça foi para obras, o restaurante foi com elas e o chef Vítor Sobral foi à sua vida. O Grupo Lágrimas não desistiu. Ficou com o espaço e a semana passada apresentou um projecto radicalmente diferente, que não tem um, mas vários chefs à frente da cozinha.
O Terreiro do Paço já foi um dos restaurantes mais emblemáticos da cidade. Um sítio sério, com boa pinta, para almoços e jantares de negócios, com gente engravatada a comer ou petiscar. Até que, há dois anos, a praça foi para obras, o restaurante foi com elas e o chef Vítor Sobral foi à sua vida. O Grupo Lágrimas não desistiu. Ficou com o espaço e a semana passada apresentou um projecto radicalmente diferente, que não tem um, mas vários chefs à frente da cozinha.
Quer isto dizer que vão cozinhar todos ao mesmo tempo? Calma, o espaço é grande, mas não cabem lá todos. “Vão estando à vez”, explica Miguel Júdice, presidente do grupo. E neste caso, fala de chefs como Albano Lourenço (com uma Estrela Michelin no restaurante Arcadas da Capela, em Coimbra), Luís Casinhas (da Cantina da Estrela), Miguel Oliveira (dos restaurantes do Casino Lisboa) e até uns toques de Joachim Koerper (Eleven).
Tanta criatividade junta resulta num projecto que assenta numa cozinha muito variada, que se quer mais descontraída do que o antigo Terreiro do Paço, mas não desleixada. Tal qual como a decoração do espaço. “Português kitsch”, diz o responsável. Um estilo que une vários conceitos diferentes à volta da mesma ideia: o Terreiro do Paço é agora uma tasca fina, com uma ementa feita do melhor de cada um dos chefs.
O restaurante tem cinco possíveis zonas de convívio (ou seja, se combinar com alguém lá, convém avisar onde se vai sentar). Duas esplanadas – uma que dá para o Pátio da Galé, outra para o Terreiro do Paço – abertas de manhã à noite, com uma carta mais leve (saladas, tostas, bruschettas, travesseiros de Sintra, tortas de Azeitão).
Nas duas salas do rés-do-chão os almoços também são simples e a preços acessíveis: há buffet (11€), com uma cozinha fresca à base de saladas e coisas simples, “para combater uma falha que há na Baixa.” No andar de cima é tudo mais formal. Mesas com toalhas brancas, menos luz exterior, um ambiente mais recatado e discreto para almoços à la carte.
É essa mesma ementa, que aos almoços só é servida no tal espaço de cima, que ao jantar serve todos os espaços do novo Terreiro do Paço. E que tem coisas tão diferentes como raviolis negros de bacalhau com broa, perna de borrego com polenta, uma sobremesa a que chamam de “o melhor pão-de-ló do Universo” e uma especialidade francesa, em tempos servida no Eleven: pissaladière. Mais uma prima da pizza, com massa folhada e vários ingredientes por cima.
Numa carta destas, a refeição pode sair a uma média de 30€. “Queremos fazer um restaurante acessível, para pessoas novas que querem beber um copo e sair, ou que querem só jantar num sítio animado.” Para isso, há DJs ao fim-de-semana e um bar, que também vai marcar a nova cara do espaço.
Pátio da Galé – Terreiro do Paço. 21 0995679. Restaurante: Seg-Sáb 12.30-15.00/ 20.00-00.00 (Qui a Sáb até às 02.00). Esplanada: 12.30-00.00
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