A visibilidade que o recente "boom" turístico tem dado à cidade e a notada presença de inspectores do famoso guia vermelho em alguns dos mais destacados restaurantes espalhou a ansiedade pela Invicta.
Os olhares recaem sobretudo sobre os chefs Ricardo Costa, Rui Paula e Pedro Lemos, apontados como mais sérios candidatos à ambicionada distinção. E se os dois últimos dão o nome a casas próprias (no Porto e no Douro, no caso de Rui Paula) e moldadas segundo o conceito pessoal, rapidamente tendo conquistado a aprovação da clientela, já com Ricardo Costa a situação é bem diferente.
Depois de, em 2009, ter reconquistado a estrela para o Largo do Paço, o jovem chef aceitou o desafio de liderar os fogões do ousado projecto do Hotel The Yeatman, na marginal de Gaia, cujos responsáveis nunca esconderam a ambição de reconhecimento internacional. Um ano depois da abertura e do árduo trabalho desenvolvido, Ricardo Costa diz que o restaurante tem finalmente a marca da sua equipa, assumindo o conceito que definiram: uma carta em linha com o que se faz nos melhores restaurantes do mundo, que privilegia a ligação com os vinhos portugueses.
Curiosamente, os três parecem desenvolver conceitos complementares, já que enquanto Rui Paula coloca a ênfase na criatividade com que interpreta o receituário e produtos regionais, Pedro Lemos explora o potencial e qualidade dos produtos autóctones.
Curiosamente, os três parecem desenvolver conceitos complementares, já que enquanto Rui Paula coloca a ênfase na criatividade com que interpreta o receituário e produtos regionais, Pedro Lemos explora o potencial e qualidade dos produtos autóctones.
Além de se apontarem mutuamente como potenciais estrelados, os três chefs coincidem também noutras apreciações: não trabalham com essa obsessão; o Porto merece a distinção do guia francês; e toda a restauração da cidade beneficiaria com ela.
By José Augusto Moreira
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