sábado, 29 de outubro de 2011

Nova pastelaria francesa traz-nos o “veneno do amor” de Paris


 
Entramos no Poison d' Amour e entramos em Paris. E nesta nova pastelaria e salão de chá, no Príncipe Real lisboeta, todos os olhares desaguam de imediato nos pequenos grandes monumentos franceses que se arrumam artisticamente na vitrina que nos recebe. Macarons, éclairs, tartes e tartelettes, bavaroises, mille-feuilles, geografias doces como Paris-Brest ou mesmo Delícia de Lisboa (uma mousse de limão) e tudo com boa vizinhança: croissants, pains aux raisins (parecido com o caracol português), brioches...

A Poison, com sala de chá íntima, sala de cafetaria ou pátio rodeado de Jardim Botânico, quer mesmo transportar-nos para uma requintada Cidade Luz. E não usa só açúcar, mousses ou chocolates como o "veneno do amor". Há ainda pequenos-almoços, almoços ou brunchs.

"Todo o material veio de França" para ser possível cumprir "todo o processo de fabrico francês", explica, sublinhando que "todos os produtos são feitos aqui, todos os dias, de forma artesanal", só com "produtos de primeira qualidade", sem cedências: seja nas "massas folhadas, que são feitas com manteiga, nada de margarinas", seja no chocolate, "dos melhores do mundo, o Valrhona".

É certo que a vitrina de pastelaria cria de imediato o ambiente mas Paris está em todo lado.
Entra-se directamente para o corredor do balcão de pastelaria, que em frente tem a sala de chá, segue-se pelo corredor para uma salinha de cafetaria e chega-se a outra cereja no topo do bolo: uma esplanada completamente rodeada e abençoada pelo Jardim Botânico.

Doçuras
Macarons redondinhos e coloridos, de café, chocolate, baunilha ou framboesa. Éclairs de chocolate, café ou framboesa - e prometidos estão de pistácio ou até violeta. Tartes de chocolate com Ganashe a 75% de cacau, muitas tartes de frutas ou de amêndoa, ou um Brooklyn em camada de três chocolates que é posto em cima de um biscoito caramelizado de avelã. Bavaroises de frutos silvestres e de manga ou tartes de limão-merengue e mil-folhas "verdadeiros" (atenção ao de morango), baba au rum ("briochezinha fininha imprimida de rum com chantili caseiro") e croissants e brioches. Paris Brest, "uma massa de éclair pulverizada de amêndoa torrada com creme de pralinê", e o pains aux raisins ("parecido com o nosso caracol"), tarte Grand Mére, tarte Amandine. E a Delícia de Lisboa, uma mousse de limão assim baptizada para homenagear a cidade. Prometem-se novidades ao longo da temporada. Como referência: um croissant custa 1,60€ e os bolos variam entre 2,80€ e 4,50€ - os macarons vendem-se a 6,80€ por 100gr. Uma "cascata" de miniaturas de pastelaria e "viennoiseries" (croissants, pães) com 10 unidades fica em 9,50€ tal como uma com 10 unidades variadas de macarons. A acompanhar, chás (uma lista de 16 diferentes) a partir de 3,70€ a 4,80€ (um perfumadíssimo chá verde de Jasmim), além de cafés e leites, sumos naturais e limonadas, vinhos (desde 3,20€ o copo) e champanhes (9€ a flûte)

Na ementa
Por exemplo, a manhã pode começar com um pequeno-almoço Elegance, entre "petites viennoiseries" (2 croissants, 2 pains au chocolat, 1 pain aux raisin, 1 brioche, peito de peru fumado, ovos mexidos, pão de sementes de sésamo, pão de sementes de papoila, espetada de frutas de época, doce, mel e manteiga (fica-lhe tudo por 10,80€ mas há menus desde 6,50€). Já para um almoço, e pelo mesmo preço poderá optar por um menu de salada de topo, o Canibal - com carne laminada, cocktail de verduras, batata, picles, beterraba, azeitonas pretas, vinagrette de mostarda de Dijon - ou o Fermière - com fígados de galinha e moelas cozinhadas em vinagre, cocktail de verduras, cenoura ralada, crôutons, maçã, nozes e fígados; ambos por 10,80€ mas com propostas a partir dos 7,80€. Há ainda pratos de charcutarias ou queijos ou tostas de pão caseiro.
By Luís J. Santos

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